Oláaa, voltei
Bem nem vou começar com a ladainha do por que não escrevi antes, acontece que tava sem saco mesmo achando tudo repetitivo e desinteressante. Tenho crises assim mesmo, não sou nenhuma bipolar, mas ás vezes me surpreendo comigo mesmo, acho que essa é a graça da vida de poder mudar, mudar de opinião, mudar atitudes, mudar de hábitos, mudar o cabelo, tudo isso faz a gente ser “gente como a gente “ rsrsrs.
Interessante...sabe eu descobri ultimamente com minhas insatisfações persistentes que isso nada mais é que uma crise violenta dos 30 anos, quer dizer se você lê esse blog com uma certa freqüência vai saber que tenho 33 anos, tô mais para lá do que para cá. Não deixa de ser uma crise de identidade também, ela é uma crise mais ou menos parecida quando sai da adolescência. Como diz Belchior “Como é perversa a juventude do meu coração que só entende o que é cruel e o que é paixão”, pois é, mas mais perverso ainda é o que o tempo faz com a gente. Eu pela primeira vez me dei conta do estrago que o tempo faz, tanto com a memória que isso de alguma maneira até gosto, não ter que me lembrar de tudo, como com o corpo ficando limitado para algumas coisas e com muito mais celulite. Sei que a responsável pelas minhas celulites sou eu, e é devido há anos de sedentarismo e dieta de engorda rica em carboidratos, não vou nem falar das outras porcarias que já toquei para dentro, mas deixa para outro post. Adotar um novo hábito, mudar de estilo de vida faz infinitamente bem, mas os resultados a essa altura do campeonato demoram, me parece que você quando adota algo novo que quer melhorar começam a se sobressair tudo o que estava errado há muito tempo e não conseguia enxergar. Dá para comparar com uma terapia, você fala, fala sobre tudo o que não te agrada mais em sua personalidade para depois se renovar e estar de fato disposta a tomar novas atitudes de vida.
Vou dizer, a dor ensina a gente a uma única coisa: a gemer. Se isso é bom ou ruim só você para saber, na verdade eu já cansei de sentir dor e hoje um pouco mais madura eu deliberadamente evito o desprazer, e isso inclui ter mais conforto, ganhar mais dinheiro (isso tá difícil), qualificar amizades, e não e digo NÃO mais me envolver com pessoas de temperamento sórdido, com baixa capacidade a frustração, deprimidas, porque são o tipo de pessoas que querem escravizar as outras com seus problemas. Sou psicóloga, mas não vou tratar ninguém assim de graça, já fiz muita caridade e se for para fazer caridade que seja para quem precise mesmo.
Vou dizer que a maturidade é engraçada, você se torna “mais inteligente” ás vezes com mais conhecimento ás vezes emocionalmente, mas ao mesmo tempo as frustrações nos deixam mais emocionalmente frágil, por isso me tornei mais seletiva, com o tempo esvaindo entre meus dedos não dá para ficar ratiando e criando ilusões quando não se tem grandes perspectivas. Sim, isso se aplica a relacionamentos, o último carinha que me envolvi foi o que me despertou que hoje temos que ter cuidado com quem nos relacionamos, hoje a loucura virou problema de saúde pública, com as leis antimanicomiais, com o fim de hospitais psiquiátricos para onde enfim estão tratando pessoas com transtornos de personalidade?
Tá gente não chega a tanto, o carinha só errou a mão, aliás foi o legítimo “como perder uma mulher no 4º encontro”. Bem deixa pra lá, acho que todos nós já tivemos alguém por quem já nos apaixonamos e que tivemos uma atitude tipo Glen Close naquele filme antológico chamado “Atração Fatal”, em que várias mulheres ficaram entusiasmadas e levaram seus maridos para assistir para coibir um pouco a infidelidade masculina, ou seja para os homens lembrarem que se saírem aí comendo outras indiscrimidamente isso poderia acontecer com eles. Nunca pensei que eu podia ser a vítima, é engraçado quando os papéis se invertem, mas eu entendo existem muita gente solitária por aí, não digo solteira digo sozinha mesmo, que se apegam a qualquer sentimento e atração.
Bem continuando, quanto a minha crise dos 30 tardia ela diz mais a respeito do meu corpo e uma freqüente insatisfação com as coisas, sei que sempre fui rabugentinha, muito exigente fruto de uma educação e uma família exigente por demais, por isso sei que sou assim, mas já melhorei um pouquinho viu?! Hoje me vi frustrada, fui experimentar fazer uma aula de swing baiano, okey que eu gaúcha não iria desempenhar bem uma aula dessas, era aula Pró de Pagode Baiano não é para qualquer um. Você consegue correr uma maratona? Desafio você a fazer uma aula de swing baiano. Você sabe resolver cálculos de física quântica? Desafio você a fazer uma aula de swing baiano. Você acha que sabe rebolar? É porque não conheceu o Príncipe, sim esse era o nome do professor, no mínimo ele deve ter arrancado uns ossos de seu quadril para poder rebolar daquele jeito. Incrível, como os baianos já nasceram com esse gingado rebolativo despudorado. Bem eu no meio de homens e meninas adolescentes que me convenceram a participar dessa aula, confesso me senti uma velha, e o professor uma hora perguntou por que eu parei? Eu já tinha parado porque estava extremamente envergonhada e achando que já tava esculhambando com a aula do cara com o meu “gingado” sulino, ele me falou: “Ninguém nasce sabendo”, eu acho que naquele caso ele estava errado, por que todo mundo na Bahia já nasceu sabendo dançar.
Bem mas essa aula foi em comemoração a 2 anos de Baianidade Nagô se aproximando, cheguei com intenções de morar na Bahia no dia 3 de novembro de 2009, já experimentei bastante dessa terra, mas esse vai ficar para um post comemorativo. Hoje fico por aqui ainda pensando como fiquei frustrada de não saber rebolar L snif
Beijos aos meus queridos leitores