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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

MEU DOCE VENENO














Bem amiguinhos voltei a escrever depois de algum tempo, vou confessar que escrever perdeu um pouco a graça. Quando eu fiz esse Blog na verdade foi para impressionar um paquera e para ele ver que tínhamos algo em comum. Na realidade a fissura pelo cara passou e comecei a gostar realmente de escrever, até mesmo porque vi que o Blog até teve uma certa aceitaçãozinha. Minha intenção ...quer dizer, se eu realmente tivesse coragem de escrever o que realmente penso daria mesmo para escrever um livro, vamos ver quem sabe um dia?!

Agora esse post na realidade vem lembrar a minha fatídica época em que eu era uma fumante inveterada, não venho aqui fazer campanha antitabagista, apesar de que não há outra maneira de me descrever agora depois que parei de fumar há 3 anos, virei sim aquelas chatas que cheiram o cabelo se alguém fuma perto, tenho atualmente pavor de cheiro de cigarro e descobri sim que beijar um fumante é bem desagradável, fiquei imaginando quanta ojeriza provoquei em alguns “gatênhos”. Bem isso são águas passadas, mas o que eu queria falar era de vícios, eu até agora olho para trás e penso como foi que eu consegui? Eu pensei que eu nunca conseguiria parar de fumar, era bom demais, era socializador, quanta gente eu não conheci ou puxei assunto pedindo fogo (o que vamos dizer já é um pedido bem sugestivo). Ficar sozinha sem fazer nada? Eu tinha o cigarro em minhas mãos me fazendo companhia.
Percebi então quando parei que meu vício era mais psicológico do que químico, sofri as consequências de 17 anos fumando quando parei, mas a pior falta, o pior de tudo foi a dependência psicológica. Eu quando parei andava pela casa procurando “algo”, me pegava parada pensando “o que tenho que fazer?”. Não foi fácil eu confesso e ainda estou tentando voltar a meu peso de “fumante” já que meu outro vício virou a comida.

Percebi então que somos sempre adictos em alguma coisa, em menor ou maior escala, são coisas que nos trazem sempre prazer imediato, alívio imediato, seja comida, cigarro, álcool, sexo, tudo hoje é muito fácil de se ter. E é muito fácil ficar arrumando desculpas para continuar adictos do que se livrar de hábitos ruins. Estou feliz porque aos poucos estou conseguindo controlar ou dizimar meus antigos hábitos ruins, isso tem uma explicação biológica, o amadurecimento traz o controle sei lá se os neurônios ficam cansando de tanta besteiras e mandam você parar de fazer tanta besteiras, mas alguma coisa muda, as coisas perdem a intensidade, não ficam tão insanas. Confesso que morro de medo de me apaixonar, eu não tenho controle sobre a paixão, quando me apaixono quero comer a pessoa com farinha, quero ela inteira, toda hora, assim como era com o cigarro. Ao contrário da paixão o cigarro tava ali o tempo todo, a não ser quando você fica sem cigarro na madrugada em um lugar inóspito sem um posto de gasolina 24 hrs para te socorrer. Na paixão a abstinência é a mesma, você sente falta, abre um buraco e daqui a pouco você se pega andando pela casa se perguntando “ o que eu ia fazer mesmo?”

Paixão é um vício tão venenoso quanto o cigarro, claro que por isso é tão prazeroso, mas graças a idade chegando, e decrepitude tomando forma, você já não tem esse tipo de expectativa. A expectativa agora é que as coisas durem mais, que sejam mais saudáveis, tomei a decisão de parar de fumar porque realmente comecei a ficar com medo de morrer, fiquei com medo que tudo terminasse, logo agora que tava tudo ficando tão bom eu não poderia desperdiçar. Decisão sábia, vi que se eu era capaz de me livrar de um vício tão ruim eu sou agora capaz de me livrar de outros vícios tão nocivos quanto, comer de maneira mais saudável, fazer exercícios físicos, não trepar rsrsrs.... Peraí!!!!! Não vão pensando que virei uma chata que só come brócolis (eu odeio), faz exercícios que nem uma louca (isso confesso que estou gostando) e que nem bebe ou se diverte (me divirto pacas!) só agora faço isso com parcimônia (não é de comer nem de passar nos cabelos). Só decidi que certas coisas e pessoas não vão mais “envenenar” minha vida e que alívio imediato tem às vezes efeitos colaterais desagradáveis e  se eles  não me fizerem bem serão sumariamente cortados da minha vida , assim como fiz com o cigarro. Quem sabe eu volte a fumar quando tiver uns 90 anos? Não sei......

Para tudo na vida existe bom senso. Para tudo existe uma pergunta:
É fácil se livrar de um hábito ruim?? Ou de uma crença que você alimentou a vida inteira???
Nada é fácil nessa vida amiguinho, senão não se chamaria vida ,se chamaria cigarro rsrsr

Bem espero que tenham gostado, um ótimo mega, super, blaster fim de semana pra vocês amiguinhos leitores desse blog famigerado Bjs Bjs

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