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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Crise dos 30 Tardia




Oláaa, voltei

Bem nem vou começar com a ladainha do por que não escrevi antes, acontece que tava sem saco mesmo achando tudo repetitivo e desinteressante. Tenho crises assim mesmo, não sou nenhuma bipolar, mas ás vezes me surpreendo comigo mesmo, acho que essa é a graça da vida de poder mudar, mudar de opinião, mudar atitudes, mudar de hábitos, mudar o cabelo, tudo isso faz a gente ser “gente como a gente “ rsrsrs.
Interessante...sabe eu descobri ultimamente com minhas insatisfações persistentes que isso nada mais é que uma crise violenta dos 30 anos, quer dizer se você lê esse blog com uma certa freqüência vai saber que tenho 33 anos, tô mais para lá do que para cá. Não deixa de ser uma crise de identidade também, ela é uma crise mais ou menos parecida quando sai da adolescência. Como diz Belchior “Como é perversa a juventude do meu coração que só entende o que é cruel e o que é paixão”, pois é, mas mais perverso ainda é o que o tempo faz com a gente. Eu pela primeira vez me dei conta do estrago que o tempo faz, tanto com a memória que isso de alguma maneira até gosto, não ter que me lembrar de tudo, como com o corpo ficando limitado para algumas coisas e com muito mais celulite. Sei que a responsável pelas minhas celulites sou eu, e é devido há anos de sedentarismo e dieta de engorda rica em carboidratos, não vou nem falar das outras porcarias que já toquei para dentro, mas deixa para outro post. Adotar um novo hábito, mudar de estilo de vida faz infinitamente bem, mas os resultados a essa altura do campeonato demoram, me parece que você quando adota algo novo que quer melhorar começam a se sobressair tudo o que estava errado há muito tempo e não conseguia enxergar. Dá para comparar com uma terapia, você fala, fala sobre tudo o que não te agrada mais em sua personalidade para depois se renovar e estar de fato disposta a tomar novas atitudes de vida.
Vou dizer, a dor ensina a gente a uma única coisa: a gemer. Se isso é bom ou ruim só você para saber, na verdade eu já cansei de sentir dor e hoje um pouco mais madura eu deliberadamente evito o desprazer, e isso inclui ter mais conforto, ganhar mais dinheiro (isso tá difícil), qualificar amizades, e não e digo NÃO mais me envolver com pessoas de temperamento sórdido, com baixa capacidade a frustração, deprimidas, porque são o tipo de pessoas que querem escravizar as outras com seus problemas. Sou psicóloga, mas não vou tratar ninguém assim de graça, já fiz muita caridade e se for para fazer caridade que seja para quem precise mesmo.
Vou dizer que a maturidade é engraçada, você se torna “mais inteligente” ás vezes com mais conhecimento ás vezes emocionalmente, mas ao mesmo tempo as frustrações nos deixam mais emocionalmente frágil, por isso me tornei mais seletiva, com o tempo esvaindo entre meus dedos não dá para ficar ratiando e criando ilusões quando não se tem grandes perspectivas. Sim, isso se aplica a relacionamentos, o último carinha que me envolvi foi o que me despertou que hoje temos que ter cuidado com quem nos relacionamos, hoje a loucura virou problema de saúde pública, com as leis antimanicomiais, com o fim de hospitais psiquiátricos para onde enfim estão tratando pessoas com transtornos de personalidade?
Tá gente não chega a tanto, o carinha só errou a mão, aliás foi o legítimo “como perder uma mulher no 4º encontro”. Bem deixa pra lá, acho que todos nós já tivemos alguém por quem já nos apaixonamos e que tivemos uma atitude tipo Glen Close naquele filme antológico chamado “Atração Fatal”, em que várias mulheres ficaram entusiasmadas e levaram seus maridos para assistir para coibir um pouco a infidelidade masculina, ou seja para os homens lembrarem que se saírem aí comendo outras indiscrimidamente isso poderia acontecer com eles. Nunca pensei que eu podia ser a vítima, é engraçado quando os papéis se invertem, mas eu entendo existem muita gente solitária por aí, não digo solteira digo sozinha mesmo, que se apegam a qualquer sentimento e atração.
Bem continuando, quanto a minha crise dos 30 tardia ela diz mais a respeito do meu corpo e uma freqüente insatisfação com as coisas, sei que sempre fui rabugentinha, muito exigente fruto de uma educação e uma família exigente por demais, por isso sei que sou assim, mas já melhorei um pouquinho viu?! Hoje me vi frustrada, fui experimentar fazer uma aula de swing baiano, okey que eu gaúcha não iria desempenhar bem uma aula dessas, era aula Pró de Pagode Baiano não é para qualquer um. Você consegue correr uma maratona? Desafio você a fazer uma aula de swing baiano. Você sabe resolver cálculos de física quântica? Desafio você a fazer uma aula de swing baiano. Você acha que sabe rebolar? É porque não conheceu o Príncipe, sim esse era o nome do professor, no mínimo ele deve ter arrancado uns ossos de seu quadril para poder rebolar daquele jeito. Incrível, como os baianos já nasceram com esse gingado rebolativo despudorado. Bem eu no meio de homens e meninas adolescentes que me convenceram a participar dessa aula, confesso me senti uma velha, e o professor uma hora perguntou por que eu parei? Eu já tinha parado porque estava extremamente envergonhada e achando que já tava esculhambando com a aula do cara com o meu “gingado” sulino, ele me falou: “Ninguém nasce sabendo”, eu acho que naquele caso ele estava errado, por que todo mundo na Bahia já nasceu sabendo dançar.
Bem mas essa aula foi em comemoração a 2 anos de Baianidade Nagô se aproximando, cheguei com intenções de morar na Bahia no dia 3 de novembro de 2009, já experimentei bastante dessa terra, mas esse vai ficar para um post comemorativo.  Hoje fico por aqui ainda pensando como fiquei frustrada de não saber rebolar L snif

Beijos aos meus queridos leitores

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

ITACARÉ DREAMS






Helow dreamers,

Okey sei que novamente fiquei maior tempão sem escrever, mas tem acontecido coisas estranhas na minha vida e meus sentimentos estão de fato uma confusão. Estou revendo todos, mas todo meu conceito a respeito de relacionamentos acontece que não cheguei a nenhuma conclusão. Claro que para tanto fiz uma viagem para espairecer e colocar minha cabeça no lugar mesmo sabendo que tinha que poupar grana se pretendo mesmo trocar de carro. Fui para meu paraíso aqui na Bahia e esse paraíso se chama Itacaré. Não é só pelas belezas naturais que gosto desse lugar, é pela magia, como o lugar se desenrola, como as coisas acontecem, eu senti isso por 2 outros lugares na minha vida e foi na praia do Rosa e na Ilha do Mel que apesar de ter ido somente 1 vez tenho lembranças que eram um lugares mágicos. Minha mãe dizia que a Ilha do mel nunca mais se repetiria daquela maneira que foi, era uma galera astral dividindo a mesma pousadinha e houve uma interação com todo mundo foi mágico, e para completar o lugar era roots na época, antes de virar roteiro de excursão de colégio, foi minha única vez na Ilha do Mel em 1989, isso quer dizer há mais de 20 anos e então acredito que deve estar já bem diferente mesmo. Quanto ao Rosa, ah o Rosa...... tenho as recordações mais maravilhosas, foi a primeira vez que vi o sol nascer no mar (nunca me prestava a acordar para isso) na verdade eu nem tinha dormido sai direto de uma festa e fui para beira da praia, o Rosa é uma enseada rodeada de morros, o sol se agigantou e saiu aquela bola vermelha de dentro d´água, foi lindo, tudo isso com a trilha sonora de Jack Jonhson que foi a primeira vez que ouvi, perguntei quem era que tocava, me disseram que era um havaiano, eu imaginava o cara gordão com cara típica de havaiano , tipo tocando uma guitarra havaiana, depois descobri que Jack era simplesmente Jack, e “Times like these,times like those”. No Rosa tinha um astral assim mágico, alguém chegava na roda que você estava tomando chimarrão e de repente convidava para fazer uma “saudação ao sol”, assim yoga de graça na praia, daqui a pouco chovia todo mundo se apertava no único bar do Rosa Norte e alguém chegava com violão e tocava Bob Marley e todo mundo cantava e por essa e por outras razões que o Rosa era mágico para mim, me apaixonei várias vezes no Rosa, podia não dar em nada depois, mas a recordações eram preciosas.
Bem Itacaré me despertou isso também, desde a primeira vez que fui no ano passado, ano passado a visita foi rápida, mas já sentia que tinha uma vibe muito especial, no modo que as pessoas eram, no reggae bem roots de uma bandinha, gente de todo o lugar, não era bem um feriado e fiquei só uma noite e um dia. Acho que deu para perceber que gosto de lugares de surf, eu particularmente dei uma surfadinha quando era adolescente nos mares gélidos e escuros do sul com minha bodyboarding (morey), mas sempre fui medíocre neste esporte apesar de ser aficionada, até hoje tenho esperanças de aprender a surfar de prancha como as minhas amigas que eu ia para o Rosa. 
Itacaré tem lugares muito astral, da primeira vez fui para Prainha, uma trilha relativamente fácil mas, demoradinha aquela coisa de sobe e desce morro, a praia é linda lembra um pouco Bainema que conheci no final do ano quando fui para Boipeba, bem Boipeba é um caso a parte mas ficou devendo na vibe, de repente se eu tivesse ficado em Moreré....
Itacaré dessa vez foi legal, me apaixonei por um selvagem que foi morar lá por opção para sair dessa babilônia que é a vida urbana, me chamava de patricinha, no mínimo deveria me achar uma pessoa fútil, coisa que eu penso não ser, mas perto da vida simplista que ele escolheu talvez eu possa até concordar. Como disse, esses lugares citados são mágicos e se apaixonar fica fácil, calma eu até fiquei bem caidinha pelo selvagem até descobrir que ele também era uma atração local, ou seja, era da praia de Itacaré e não era de ninguém, mas curti ter o conhecido me fez me sentir legal, ele tinha um sex appeal bem forte se é que vocês me entendem. Depois de ter ido para ficar 1 dia acabei ficando 3, tipo de coisa que acontecia no Rosa também, alguém te convida depois tu arranja um jeito de ficar, vai torrando uma graninha aqui outra lá.Em Itacaré, fiz uma trilha trash com as amigas em nível de aventura para a praia de Jeribucaçu, com direito a cobra no caminho, tombos, maníaca piriguete se perdendo na trilha, essa foi engraçada, o guia nos presenteou com a presença de uma amiga dele, que acabou se perdendo no meio da trilha, quando nos distanciamos um pouco na trilha ela perguntou o que eu fazia, respondi que era psicóloga e ela prontamente falou que:- “eu tô com transtorno bipolar”(sic) (foi bem assim), eu fingi interesse e perguntei da medicação, a criatura não estava tomando nenhuma, nisso eu já previa no que podia acontecer, bem eu resolvi esperar a galera e ela continuou na trilha, chegamos na praia e nada da amiguinha aparecer, ela apareceu quando já nos preparávamos para ir embora contando a história miraculosa que encontrou uma jangada no rio próximo a trilha, com pessoas super bacanas e que iria comer um peixe com a galera, na real não era muito possível isso, não vi pessoal nenhum, mas quem sou eu para questionar um delírio como esse.
Bem a noite prometia, fomos para a centrinho, uma noite de muita dança regado a muita cerveja, dancei bastante estava bem legal, tirando que na volta da trilha eu tinha descoberto que a maluca em questão tinha ficado com o selvagem também, e o selvagem já estava na sua terceira investida, bem deixa o selvagem pra lá sem mágoas (hurt feelings) era uma instituição local. Curti bastante com as minhas amigas mais queridas da Bahia, dancei , ri muito, curti Roots, Rock, Reggae e praia, me bronzeei . Voltei para casa com minha imaginação fértil, pensando de repente ir morar por lá, largar essa babilônia toda.... #NOT . Sou urbana demais para me desapegar disso tudo, mas ficaria contente em ter uma casinha lá e ir sempre, sempre que puder!
Bem galera amada, volto com histórias para contar e agora minha mente ficou mais leve, livre de algumas confabulações e com a sensação que algo extraordinário está para acontecer! (quem sabe?)
Ótima quinta e a amanhã já começa o findi, exceto para mim que trabalho sábado.

Bjs Bjs